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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE EDUCAR



Se todos os pais e mães compartilharem as tarefas escolares e da educação de modo geral, teremos a solução para melhorar o mundo. 
 
A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (PAULO FREIRE, 2000: 29)
 
A sociedade moderna vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes. Essa é uma constatação que nada tem de original, pois todos a estão percebendo e vivenciando de alguma maneira. O fato de ser uma professora a fazer essa constatação também não é nenhuma surpresa, pois é na escola que essa crise acaba, muitas vezes, ficando em maior evidência.
Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos. Nunca se observou tantos professores cansados, estressados e, muitas vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar.
Para Esteve (1999), toda essa situação tem relação com uma acelerada mudança no contexto social. Segundo ele, Nosso sistema educacional, rapidamente massificado nas últimas décadas, ainda não dispõe de uma capacidade de reação para atender às novas demandas sociais. Quando consegue atender a uma exigência reivindicada imperativamente pela sociedade, o faz com tanta lentidão que, então, as demandas sociais já são outras (1999: 13).
Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais frequentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas.
Assim, procura-se em novas metodologias de trabalho, por exemplo, as soluções para esses problemas. Computadores e programas de última geração, projetos multi e interdisciplinares de todos os tipos e para todos os gostos, avaliações participativas, enfim uma infinidade de propostas e atividades visando a, principalmente, atrair os alunos para os bancos escolares. Não é mais suficiente a ideia de uma escola na qual o individuo ingressa para aprender e conhecer. Agora a escola deve também entreter.
No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os problemas continuam, ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si está sendo comprometidos irremediavelmente, os aspectos comportamentais não têm melhorado. Ao contrário. Em sala de aula, a indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, obrigando os professores a, muitas vezes, assumir atitudes autoritárias e disciplinadoras. Para ensinar o mínimo, está sendo necessário, antes de tudo, disciplinar, impor limites e, principalmente, dizer não.
A questão que se impõem é: até quando a escola sozinha conseguirá levar adiante essa tarefa? Ou melhor, até quando a escola vai continuar assumindo isoladamente a responsabilidade de educar?
São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. É, portanto, necessário refletir sobre os papéis que devem desempenhar nesse processo a escola e, consequentemente, os professores, mas também não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na formação e educação de crianças e adolescentes.
Voltando a analisar a sociedade moderna, observa-se que uma das mudanças mais significativas é a forma como a família atualmente se encontra estruturada. Aquela família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos tornou-se uma raridade. Atualmente, existem famílias dentro de famílias. Com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional tem dado lugar a diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses novos contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono, pois a ideia de um pai e de uma mãe cuidadores dá lugar a diferentes pais e mães “gerenciadores” de filhos que nem sempre são seus.
Além disso, essa mesma sociedade tem exigido, por diferentes motivos, que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no mercado de trabalho. Então, enquanto que, antigamente, as funções exercidas dentro da família eram bem definidas, hoje pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias saem todos os dias para suas atividades profissionais. Assim, observa-se que, em muitos casos, crianças e adolescentes acabam ficando aos cuidados de parentes (avós, tios), estranhos (empregados) ou das chamadas babás eletrônicas, como a TV e a Internet, vendo seus pais somente à noite.
Toda essa situação acaba gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre pais e filhos, mas também entre os próprios pais. E um dos sentimentos mais comuns entre estes é o de culpa. É ela que, na maioria das vezes, impede um pai ou uma mãe de dizer não às exigências de seus filhos. É ela que faz um pai dar a seu filho tudo o que ele deseja, pensando que assim poderá compensar a sua ausência. É a culpa que faz uma mãe não avaliar corretamente as atitudes de seu filho, pois isso poderá significar que ela não esteve suficientemente presente para corrigi-las.
Enfim, é a culpa de não estar presente de forma efetiva e construtiva na vida de seus filhos que faz, muitas vezes, um pai ou uma mãe ignorarem o que se passa com eles. Assim, muitos pais e mães acabam tornando-se reféns de seus próprios filhos. Com receio de contrariá-los, reforçam atitudes inadequadas e, com isso, prejudicam o seu desenvolvimento, não só intelectual, mas também, mental e emocional.
Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. Ocorre que muitos pais, por todos os problemas já citados, delegam responsabilidades à escola, mas não aceitam com tranquilidade quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles. Em outras palavras,
[...] os pais que não têm condições emocionais de suportar a sua parcela de responsabilidade, ou culpa, pelo mau rendimento escolar, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo, para encontrar argumentos e pinçar fatos, a fim de imputar aos professores que reprovaram o aluno, ou à escola como um todo. A total responsabilidade pelo fracasso do filho (ZIMERMAN apud BOSSOLS, 2003: 14).
Assim, observa-se que, em muitos casos a escola (e seus professores) acaba sendo sistematicamente desautorizada quando, na tentativa de educar, procura estabelecer limites e responsabilidades. O resultado desses sucessivos embates é que essas crianças e adolescentes acabam tornando-se testemunhas de um absurdo e infrutífero cabo-de-guerra, entre a sua escola e a sua família. E a situação pode assumir uma maior complexidade porque, conforme também explica Zimerman, “o próprio aluno, que não suporte reconhecer a responsabilidade por suas falhas, fará um sutil jogo de intrigas que predisponha os pais contra os professores e a escola” (apud BOSSOLS, 2003: 14).
Entretanto, é importante compreender que, apesar de todas as situações aqui expostas, o objetivo não é o de condenar ou julgar. Está-se apenas demonstrando que, ao longo dos anos, gradativamente a família, por força das circunstâncias já descritas, tem transferido para a escola a tarefa de formar e educar. Entretanto, essa situação não mais se sustenta. É preciso trazer, o mais rápido possível, a família para dentro da escola. É preciso que ela passe a colaborar de forma mais efetiva com o processo de educar. É preciso, portanto, compartilhar responsabilidades e não transferi-las.
É dentro desse espírito de compartilhar que não se pode deixar de citar a iniciativa do MEC, que instituiu a data de 24 de abril como o Dia Nacional da Família na Escola. Nesse dia, todas as escolas são estimuladas a convidar os familiares dos alunos para participar de suas atividades educativas, pois segundo declaração do ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza "quando os pais se envolvem na educação dos filhos, eles aprendem mais".
A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988).
Educar, portanto, não é uma tarefa fácil, exige muito esforço, paciência e tranquilidade. Exige saber ouvir, mas também fazer calar quando é preciso educar. O medo de magoar ou decepcionar deve ser substituído pela certeza de que o amor também se demonstra sendo firme no estabelecimento de limites e responsabilidades. Deve-se fazer ver às crianças e jovens que direitos vêm acompanhados de deveres e para ser respeitado, deve-se também respeitar.
No entanto, para não tornar essa discussão por demais simplista, é importante, entender, que quando se trata de educar não existem fórmulas ou receitas prontas, assim como não se encontra, em lugar algum, soluções milagrosas para toda essa problemática. Como já foi dito, educar não é uma tarefa fácil; ao contrário, é uma tarefa extremamente complexa. E talvez o que esteja tornando toda essa situação ainda mais difícil seja o fato de a sociedade moderna estar vivendo um momento de mudanças extremamente significativas.
Segundo Paulo Freire: “A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma e outra mudança” (2000: 30). Em outras palavras, está-se vivendo, em um pequeno intervalo de tempo, um período de grandes transformações, muitas delas difíceis de serem aceitas ou compreendidas. E dentro dessa conjuntura está a família e a escola. Ambas tentando encontrar caminhos em meio a esse emaranhado de escolhas, que esses novos contextos, sociais, econômicos e culturais, nos impõem.
Para finalizar esse texto é importante fazer algumas considerações que, se não trazem soluções definitivas, podem apontar caminhos para futuras reflexões. Assim, é preciso compreender, por exemplo, que no momento em que escola e família conseguirem estabelecer um acordo na forma como irão educar suas crianças e adolescentes, muitos dos conflitos hoje observados em sala de aula serão paulatinamente superados. No entanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família realmente participe da vida escolar de seus filhos.
Pais e mães devem comparecer à escola não apenas para entrega de avaliações ou quando a situação já estiver fora de controle. O comparecimento e o envolvimento devem ser permanentes e, acima de tudo, construtivos, para que a criança e o jovem possam se sentir amparados, acolhidos e amados. E, do mesmo modo, deve-se lutar para que pais e escola estejam em completa sintonia em suas atitudes, já que seus objetivos são os mesmos. Devem, portanto, compartilhar de um mesmo ideal, pois só assim realmente estarão formando e educando, superando conflitos e dificuldades que tanto vêm angustiando os professores, como também pais e os próprios alunos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

BRASIL TERÁ PROVA PARA AVALIAR ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS


O Brasil terá uma nova prova para avaliar o nível de alfabetização dos alunos do 3.º ano do ensino fundamental - série em que, com 8 anos de idade, deveriam saber ler e escrever. O exame é uma parceria entre o Movimento Todos Pela Educação, a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro (do Ibope) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação.

A prova ainda não tem nome oficial, mas é chamada pelos organizadores de ?Inafinho?, em alusão ao Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), que mede o nível de alfabetismo funcional da população adulta. O ?Inafinho? não deve substituir avaliações já existentes - a ideia surgiu, segundo os organizadores, porque hoje não há um monitoramento público que avalie em que patamar está a alfabetização das crianças dessa faixa etária (leia mais ao lado). A alfabetização até os 8 anos é uma das metas do Todos Pela Educação.

A prova deveria ser aplicada até o fim deste ano, mas isso não foi possível pelo prazo apertado e por causa da transição de governos. Ainda não há data definida, mas, segundo o Estado apurou, o ?Inafinho? deve ocorrer entre a segunda e a terceira semana de aula de 2011, para as crianças que acabaram de sair do 3.º ano - ou seja, que estão no 4.º. Repetentes também serão incluídos.

Devem participar cerca de 500 turmas de escolas públicas e particulares, de forma amostral - uma média de 5 mil alunos -, apenas de capitais brasileiras. A prova tem 20 questões de português, 20 de matemática e redação. A duração será de 1h30, meia hora para cada parte. Cada aluno deve fazer uma das provas, mas todos fazem a redação.

Os resultados devem ser apresentados por regiões. Será a primeira vez que o Brasil terá noção de como caminha a alfabetização de seus alunos, mesmo que em escala pequena. "Estamos em fase de pré-teste, mas a prova está pronta", afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

MEC SUSPENDE CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS A DISTÂNCIA DE TRÊS INSTITUIÇÕES


FTC-BA, Unicid-SP e Unar-SP ficam impedidas de iniciar novas turmas, mas podem concluir cursos em andamento


O Ministério da Educação (MEC) suspendeu os cursos de graduação na modalidade a distância da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC-BA), da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid-SP) e do Centro Universitário de Araras (Unar-SP). A decisão do Secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

As três instituições de ensino tiveram seus processos seletivos ou de transferência para ingresso de novos estudantes suspensos cautelarmente e não podem iniciar novas turmas nos cursos superiores na modalidade a distancia a partir de hoje, mas podem concluir as turmas que estão em andamento. A FTC teve a punição aplicada também à pós-graduação lato sensu.

Para as graduações a distancia da Unicid, o MEC fez exceção ao curso de Licenciatura em Pedagogia, que terá limitação de vagas para novas entradas em 2011 a um número igual ao de vagas ofertadas no ano de 2010. O ministério estipulou nova visita de verificação in loco de supervisão para análise das condições de oferta dos cursos de graduação a distância para o segundo semestre de 2011.
O Unar deve esclarecer ao MEC, no prazo de 10 dias, em quantas e quais localidades (incluindo os "escritórios de apoio") oferta graduação na modalidade a distância, diretamente ou por meio de seus parceiros.

A Unicid, a FTC e o Unar podem recorrer da decisão ao Conselho Nacional de Educação (CNE) no prazo de 30 dias. Em nota, a Unicid informou que "continua em processo de conformidade de sua atuação na modalidade Ensino a Distância. Tanto que, o curso de Licenciatura em Pedagogia, o de maior volume de alunos, já foi reformulado. Em relação aos demais cursos, a Universidade acredita que antes da data marcada para a verificação in loco apresente as alterações solicitadas".

FTC diz estar no prazo
A FTC em nota afirmou que recebeu ofício do MEC no dia 23 de novembro com prazo de 10 dias para responder. A resposta foi enviada nesta quinta-feira. "Hoje, dia 02, um dia antes do vencimento do prazo, a FTC apresentou à Secretaria de Educação a Distancia, as suas justificativas. Causou grande estranheza, o fato da SEED ter assinado um despacho no dia 25 de novembro, publicado hoje no Diário Oficial da União, não respeitando o prazo por eles estipulado, para a defesa institucional, suscitando a publicação da medida cautelar em veículos de comunicação, antes mesmo do conhecimento das nossas justificativas". 
A nota destaca também que a medida é cautelar, portanto cabe recurso. "Não houve descredenciamento da Instituição, atendendo apenas à medida cautelar da Secretaria de Educação a Distância e assegura que nenhum aluno regularmente matriculado sofrerá prejuízo no desenvolvimento e conclusão do seu curso".

Outros casos
A Secretaria de Educação a Distância arquivou também nesta quinta-feira processos administrativos contra a Universidade do Vale do Itajaí (Univali-SC), a Faculdade de Tecnologia Internacional (Fatec-PR) e a Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter-PR). Segundo o despacho do DOU, as instituições sanaram as deficiências apontadas pelo MEC.
Procuradas pela reportagem, a Unicid e o Unar informaram que vão se pronunciar sobre a suspensão ainda hoje.

As maiores Instituições de Educação a Distância do Brasil - ABE-EAD divulga “Pesquisa Estudantes EAD 2010″

Pesquisa ABE-EAD 2010 sobre qualidade dos cursos de graduação a distância

Em meio a um forte processo de supervisão junto as instituições que ofertam cursos de graduação a distância por parte da SEED / MEC que causou bastante confusão na cabeça de alunos e gestores em instituições de todo o país, a ABE-EAD (Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distancia) pelo segundo ano consecutivo realiza no Brasil uma pesquisa junto aos estudantes de graduação a distância com o objetivo de ouvi-los sobre a qualidade de seus cursos.

Tendo como objetivo expressar o julgamento dos estudantes sobre o que eles acham de seus cursos e como avaliam os processos utilizados pelas instituições que frequentam para a construção do conhecimento universitário, focamos a abrangência da pesquisa nas instituições privadas que possuem credenciamento para a oferta de graduação a distância, excluindo aquelas que foram descredenciadas até junho de 2010 por força de supervisão do Ministério da Educação.

Iniciamos o processo de captação dos dados utilizando o mesmo questionário elaborado no ano de 2009 que contém 40 (quarenta) questões relacionadas a qualidade dos processos utilizados para a oferta dos cursos de educação a distância e que foi construído com a participação de diversos membros da comunidade de EAD. (segue em anexo questionário).

Foram avaliadas 56 (cinquenta e seis) instituições que até junho de 2010 tinham turma de graduação em andamento há no mínimo 6 meses independente da quantidade de alunos matriculados ou de seu modelo pedagógico. Os dados referentes as IES pesquisadas foram captados junto ao ministério da educação através da SEED, retirados do Censo EAD e/ou solicitados diretamente as instituições.
Excluímos da pesquisa as instituições que:
  • Ofertam EAD apenas para complementação pedagógica;
  • Ofertam EAD apenas para pós graduação;
  • Não possuíam turmas de graduação a mais de 6 messes até junho de 2010;
  • Haviam sido descredenciadas para a oferta de graduação a distância pelo MEC até junho de 2010;
Ao contrario de 2009 onde abordamos todos os estudantes durante os encontros presenciais nos pólos de apoio, este ano optamos por contatá-los de forma híbrida ora presencial ora por contato telefônico com estudantes já cadastrados em outras atividades da ABE-EAD, sendo as questões exatamente iguais em ambos os casos.

Foram entrevistados 15.012 (quinze mil e doze) estudantes matriculados em 56 (cinquenta e seis) instituições privadas entre os dias 01 julho e 29 de outubro de 2010 em todos os estados brasileiros. As entrevistas foram estimuladas, ou seja, o pesquisador da ABE-EAD lia as questões e o entrevistado escolhia uma entre as 5 (cinco) opções de resposta.
Devido a grande variação no número de alunos entre as instituições utilizamos um critério para a amostragem da pesquisa:
-          IES com menos de 10.000 (dez mil) alunos, entrevistamos 5% (cinco por cento) dos alunos.
-          IES com mais de 10.000 (dez mil) alunos entrevistamos 500 alunos.
As entrevistas presenciais ocorreram em momentos diversos observado as variadas datas para a realização de encontros presenciais no calendário das instituições sendo intercaladas com as entrevistas por telefone de forma que todas as IES tiveram entrevistados presenciais e por telefone.
A escala de notas dispostas no questionário foi baseada nas utilizadas pelo INEP (Instituto Anísio Teixeira) sendo:
-          1 péssimo;
-          2 ruim;
-          3 satisfatório;
-          4 bom;
-          5 ótimo.
A fórmula utilizada para chegarmos ao resultado de nota geral foi primeiro excluirmos 20 (vinte) entrevistas do total de questionários de cada IES sendo 10 (dez) questionários com as maiores notas e 10 (dez) com as menores notas,  soma – se  as notas ofertadas pelos alunos individualmente, dividi-se pelo número de alunos entrevistados, e novamente dividi-se pelo número de questões (NI + NI) / (NAE) / (NQ)= NG
As notas gerais indicam a qual grupo cada IES ficará novamente na escala de 1 a 5 apresentada anteriormente e para chegarmos a este resultado utilizamos a seguinte escala:

IES com nota geral entre 1 e 1.74 nota final – 1
IES com nota geral entre 1.75 e 2.74 nota final – 2
IES com nota geral entre 2.75 e 3.74 nota final – 3
IES com nota geral entre 3.75 e 4.74 nota final – 4
IES com notas acima de 4.75 nota final – 5
Veja na tabela abaixo as IES pesquisadas e suas notas.

Relação geral das instituições avaliadas
IES                                                            Nota Geral                                     Nota Final
FGV 4.91 5
AIEC 4.75 5
CESUMAR 4.70 4
UNISUL 4.69 4
UNINTER 4.68 4
PUC* 4.67 4
UNIASSELVI 4.65 4
CLARETIANO 4.63 4
METODISTA 4.62 4
COC 4.61 4
UNOPAR 4.52 4
ANHANGUERA 4.31 4
UCDB 4.30 4
FGF 4.25 4
UCB 4.21 4
UNIFACS 4.19 4
CBTA / INED 4.17 4
UVB** 4.16 4
A VEZ DO MESTRE 4.14 4
UNIV. CAXIAS DO SUL 4.13 4
OPET 4.11 4
BRAZ CUBAS 4.09 4
UNIV. CONTESTADO 4.08 4
UNIUBE 4.05 4
UNISINOS 4.04 4
UNIVERSO 4.02 4
SOCIESC 3.99 4
UNISA 3.98 4
UNIARARAS 3.95 4
FAPI 3.92 4
UNAERP 3.90 4
UNIJORGE 3.84 4
UNIFRAN 3.83 4
UNIGRAN 3.79 4
UNIJUÍ 3.78 4
FEAD 3.49 3
UNIP 3.38 3
INSEP 3.37 3
UNINCOR 3.34 3
UNIPAR 3.31 3
UNIS 3.22 3
UNOESC 3.20 3
ESTÁCIO DE SÁ 3.12 3
UNICEUMA 3.01 3
UNIT 2.99 3
UNIVALLE 2.91 3
FACAM 2.89 3
FARES 2.86 3
FAEL 2.85 3
UNITAU 2.82 3
FINOM 2.79 3
FUMEC 2.76 3
UNIMES 2.28 2
FTC 2.11 2
UNICID 1.73 1
ULBRA 1.72 1
* Em razão de terem obtido a mesma nota a PUC (SP) PUC (RJ) e PUC (MG) foram definidas como PUC.
** Foram avaliadas as IES que fazem parte deste consórcio UVB (Universidade Virtual Brasileira) Anhembi Morumbi, Veiga de Almeida, Unimonte, Unama e Universidade Potiguar.
As 10 maiores IES de EAD do Brasil
Partindo da relação geral apresentada anteriormente, selecionamos apenas as IES que tenham mais de 20.000 (vinte mil) alunos de graduação para apresentarmos as 10 melhores entre as maiores IES do Brasil.

IES                                          Nota Geral                             Nota Final
1) UNINTER                             4.68                                          4
2) UNIASSELVI                       4.65                                        4
3) METODISTA                      4.62                                           4
4) COC                                        4.61                                           4
5) UNOPAR                             4.52                                           4
6) ANHANGUERA                4.31                                           4
7) UNIUBE                              4.05                                           4
8) UNISA                                  3.98                                           4
9) UNIP                                     3.38                                           3
10) ESTÁCIO DE SÁ              3.12                                           3

Observações importantes
A ABE-EAD (Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância) ao desenvolver esta pesquisa leva em consideração exclusivamente a opinião dos estudantes, suas críticas e elogios aos processos utilizados durante a construção do conhecimento ao longo do curso no qual esta matriculado, sem a preocupação de observar se determinada instituição possui em seu corpo docente mestres e doutores, qual o valor de sua mensalidade, se seu material é ou não incluso no valor da mensalidade ou até mesmo qual é o modelo de EAD que esta ofertando.

Nosso objetivo é dar voz aos estudantes e ajudar na avaliação institucional das instituições contribuindo para a melhoria geral na qualidade dos cursos de EAD ofertados no país.
(Fonte: ABE-EAD)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

POBREZA DIFICULTA APRENDIZADO DAS CRIANÇAS, DIZ SECRETÁRIA DO MEC


O Brasil precisa continuar investindo na erradicação da pobreza para acabar com as desigualdades sociais e obter melhoria na qualidade do ensino, disse nesta quarta-feira (1º), em São Paulo, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda.
 
Na avaliação da secretária, o fato de haver no país baixa aprendizagem de matérias como português e matemática está associada à condição de vida da maioria das crianças de 6 a 14 anos, embora sejam oferecidas a esses alunos vagas na rede pública de ensino. Além do impacto da renda, ela atribui o baixo desempenho à falta de formação dos pais.
 
"Temos, praticamente, todas as crianças de 6 a 14 anos na escola, mas filhas de pais que não tiveram o direito à educação", disse Maria do Pilar. Segundo ela, o país tem 40 milhões de brasileiros sem qualquer formação acadêmica, cujos filhos estão estudando.
 
Apesar disso, a secretária mostrou otimismo quanto às mudanças que poderão ocorrer no futuro. Ela acredita que as novas gerações, com a melhoria de renda e o maior acesso ao ensino, estarão mais preparadas para ajudar na educação dos filhos.
 
"A pobreza é um grande dificultador da vida escolar das crianças", enfatizou a secretária, após participar da divulgação, em São Paulo do relatório "De Olho nas Metas", que analisa a evolução do sistema educacional brasileiro. Esse é o terceiro relatório "De Olho nas Metas", elaborado pela organização não governamental (ONG) Todos pela Educação em parceria com o MEC.
 
Nesse levantamento, foi constatado que, em 2009, apenas 34% dos alunos do 5º ano do ensino fundamental apreenderam português como deveriam, o que ficou abaixo da meta de 36,6%. Entre os estudantes do 9º ano do ensino fundamental, o bom aproveitamento atingiu 26,3%, superando a meta de 24,7%. Em matemática, porém, o índice atingiu apenas 14,8%, abaixo do esperado (17,9%).

Na opinião de Maria do Pilar, manter os estudantes em regime de tempo integral é um das saídas para melhorar a formação das crianças. Segundo ele, o governo federal tem investido no Programa Mais Educação, com 10 mil escolas escolas este ano. Em 2011, 27 mil, acrescentou.
 
"Temos de ter essa meta de um turno só, com sete horas, no mínimo, e uma discussão do tempo e espaço na escola, o que significa discutir o currículo. O governo federal também está muito atento à formação de professores", disse a secretária.