EDUCAR FILHOS, UM ATO DE AMOR

HIPERATIVIDADE

A importância da leitura na infância

CURSOS COM CERTIFICADO

VÁLIDOS PARA PROVA DE TÍTULOS, AC, ACO, CURRÍCULO PROFISSIONAL, ETC
Cursos Online com Certificado
Cursos 24 Horas - Cursos Online a partir de R$ 20
Visitantes

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O PROFESSOR PRECISA ENSINAR O ALUNO A PENSAR MAIS E DECORAR MENOS

ESTUDANTE É A PESSOA NA ESCOLA QUE PRECISA PENSAR MAIS E DECORAR MENOS

Aprender baseado apenas na memória é limitado, estática, inconsequente, não evoluindo espontaneamente para novos conhecimentos. Nesse modelo, o aluno se limita a receber. Ao lançar mão, predominantemente da inteligência, do raciocínio lógico-dedutivo, da atenção e da reflexão, sua aprendizagem torna-se conseqüente, construtiva, reflexiva, dinâmica, ilimitada. Em vez de recebê-lo pronto, o aluno conquista o conhecimento.
A estratégia de certo vale para todas as disciplinas, mas limito-me aqui a apresentar alguns exemplos da área de Língua Portuguesa.

FUNDAMENTOS DA GRAFIA
A grafia da Língua Portuguesa é baseada em dois fundamentos:
1 – Reproduz o que se pronuncia. Exemplos: grafa-se a forma verbal veem (do verbo ver) com ee porque as duas vogais são pronunciadas, o mesmo não ocorrendo com vêm (do verbo vir); o til é necessário para reproduzir o som nasal da vogal; os acentos são usados quando é necessário informar o leitor sobre a posição da sílaba tônica na palavra.
2 – Respeita a origem da palavra. Exemplo: nascer é grafado com SC, e na com SS, c ou SC, porque é preciso respeitar a raiz latina da palavra: NASC. Levar o aluno a estar atento a esses fundamentos, além de encurtar o caminho da aprendizagem definitiva das normas de grafia, o levará a desenvolver a capacidade de atenção.

FUNÇÕES DAS CLASSES GRAMATICAIS
É comum decorar listas e mais listas de palavras: as dez classes gramaticais, os substantivos concretos e abstratos, as preposições, as diferentes conjunções coordenativas e subordinativas, os pronomes, etc. Não será mais produtivo fazer o aluno entender a função que cada uma das classes gramaticais exerce dentro da frase? Por exemplo, seria mais prazeroso e construtivo entender que a função do substantivo é designar os seres e as coisas, e que o verbo tem a missão de informar o que acontece com os seres e as coisas, que a preposição e a conjunção têm a função de conectar os termos de uma oração e as diversas orações que compõem o período, que o pronome (pro + nome) está a serviço do nome (substantivo).

TERMINOLOGIA GRAMATICAL
Quando os gramáticos definiram a terminologia gramatical, parece lógico que o fizessem procurando palavras que expressassem o significado e a função exercidos na frase. Exemplos: o artigo definido expressa algo definido (o trabalho), e o indefinido refere-se a algo indefinido (um trabalho); a voz ativa é assim chamada porque expressa uma ação do sujeito, enquanto na passiva o sujeito é passivo da ação e na reflexiva a ação do sujeito reflete-se sobre ele próprio. Nada de prático, objetivo e duradouro resultará da penosa memorização dessa terminologia; entender e observar atentamente seu significado, sim, levará aos objetivos desse estudo e, mais importante, levará a muitas outras descobertas.

A QUESTÃO DA SINTAXE
De todo o estudo da gramática, a questão mais crucial e deficiente no ensino da Língua Portuguesa é a da sintaxe. Sua abordagem se dá de forma intensa, mas, em regra, o estudante quase nada aproveita de prático desse enorme esforço de aprendizagem. Dizer, por exemplo, que é fácil identificar o vocativo porque ele vem sempre isolado por vírgula ou vírgulas é uma falácia, pois se inverte a relação causa-consequência: a vírgula não é causa do vocativo, mas consequência: a vírgula não é causa do vocativo, mas consequência; é preciso identificar o vocativo, para então usar a vírgula. O mesmo vale para o aposto, os elementos explicativos em oposição aos restritivos, a concordância, a crase, etc. Em síntese, para a aprendizagem da sintaxe só há um caminho: o da inteligência.
Os casos apresentados são apenas alguns exemplos. O professor deve buscar aplicar o mesmo a outros campos do ensino da língua, inclusive outros métodos para outras disciplinas que façam com que o aluno aprenda de uma vez por todas.